Atenção

Morte por afogamento já alcança total da última temporada

Em Cerrito, um idoso de 68 anos foi tomar banho e desapareceu nas águas; bombeiros fizeram o resgate do corpo

Foto: Rodrigo Ziebell - Corpo de Bombeiros Militar não recomenda o banho em águas onde não há presença de guarda-vida

A morte por afogamento do idoso Egídio da Silva Silveira, 68, no último final de semana, no rio Piratini, em Cerrito mostra o quanto é perigo banhar-se em águas de rios, arroios, canal e até mesmo na Lagoa e no Mar sem conhecer o local ou ter um guarda-vidas por perto. Do início da temporada, do dia 16 de dezembro até o dia 12 deste mês, o Corpo de Bombeiro Militar do Rio Grande do Sul registrou 60 mortes, sendo que não estão contabilizados os casos em que não houve chamado dos bombeiros ou em piscinas particulares. No comparativo, o montante já é o mesmo de 2022/2023 e um pouco menos que 2021/2022, (64). A reportagem solicitou os dados atualizados, mas até o fechamento desta edição não teve retorno. Já no acumulado da 7ª Operação Verão, até o momento foram 862 salvamentos (34 no Litoral Sul) e nenhum óbito.

No caso do aposentado Silveira, que era natural do Capão do Leão, na noite do último dia 22, por volta das 19h, ele e a neta estavam tomando banho no rio Piratini próximo à ponte Adão Orlando Alves, nas margens do Cerrito, quando ele desapareceu nas águas. Uma guarnição do Corpo de Bombeiros foi chamada e deu início às buscas de superfície com o auxílio do bote e garatéia por quadrantes, conforme populares relataram o local. Depois de quatro horas de atividade, o corpo foi localizado, sendo que a correnteza havia levado até próximo a um barranco de areia, no meio do rio. A vítima foi retirada e levada até a margem. A menina foi socorrida por populares.

Para o comandante da Companhia Especial de Guarda-Vidas (Litoral Sul), Marcelo Saouaya, são diversos os riscos que arroios, açudes, canais e até mesmo a Lagoa dos Patos podem oferecer. Desde a presença de objetos pontiagudos no fundo da água, objetos pesados à deriva (como troncos de árvores, por exemplo), buracos, correntezas, entre outros. O capitão explica que a água escura dificulta a visibilidade, prejudicando que o banhista veja a profundidade do local, bem como outros perigos que podem haver embaixo da água. "Primeiramente, cabe ressaltar que o Corpo de Bombeiros Militar não recomenda o banho em águas onde não há presença de guarda-vidas. Caso, mesmo com esta recomendação, o banhista decida entrar na água, indicamos algumas recomendações (veja quadro).

Um dos riscos, são as correntezas, que segundo o comandante, geralmente é influenciada pelo vento e por ondulações e, muitas vezes, não é tão simples identificá-las, principalmente se tratando de locais com água doce. "Portanto, o uso de colete salva-vidas é extremamente indicado em qualquer atividade aquática. Cabe ressaltar que, caso o banhista caia em alguma corrente, ele não deve nadar contra a corrente - o efeito disso é similar ao de andar em uma esteira , sendo que o indivíduo fica nadando, sem sair do lugar, até cansar". A orientação é pedir ajuda o quanto antes. Ele também indica manter a calma para, se possível, ficar flutuando na corrente (em caso de rios e açudes, onde a corrente ocorre em todo o rio) ou nadar para os lados, de forma a sair desta zona de corrente (em caso de mar aberto, onde a corrente de retorno ocorre em alguns pontos da praia).

Recomendações

- Não entrar na água pulando, para evitar colidir com algum objeto ou até mesmo com o fundo do rio/açude.

- Não entrar na água sozinho, pois em caso de necessidade, a segunda pessoa pode pedir por ajuda.

- Não confiar em bóias e/ou objetos flutuantes, pois com ventos e correntes, a possibilidade de ser "arrastado" para o fundo ou para os lados é grande. Recomenda-se o uso de colete salva-vidas, devidamente colocado e adquirido para as características (altura e peso) de cada indivíduo. Vale lembrar que mesmo nadadores experientes devem utilizar o colete salva-vidas ou pelo menos uma bóia própria para a atividade, pois todos estão vulneráveis a sentir cãibras, tonturas ou qualquer outra intercorrência que prejudique a natação e flutuação.

- Evitar alimentos pesados e bebidas alcoólicas antes de entrar na água.

- Manter uma profundidade segura (linha da cintura) o tempo todo.

- Se sentir dificuldades de retornar à margem, pedir ajuda imediatamente.

- Se avistar alguém pedindo ajuda, ofereça um objeto flutuante para a pessoa (ou uma corda, um cabo). Não é recomendado se aproximar de alguém se afogando, exceto se o socorrista for treinado e preparado para tal.

- Pais com crianças pequenas devem manter a vigilância constante nas crianças, evitando distrações e sem transferir a responsabilidade de vigilância para terceiros ou para outros objetos.

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